Kalanchoe delagoensis (Mãe de milhares – Kalanchoe tubiflora)
Kalanchoe delagoensis
Neste post apresento uma planta suculenta muito popular e de fácil cultivo para jardins e vasos: a Kalanchoe delagoensis.
Nome comum:
Mãe de milhões, mãe de milhares
Nome científico:
Kalanchoe delagoensis Eckl. & Zeyh.
Sinônimos
Kalanchoe tubiflora, Bryophyllum tubiflorum, Bryophyllum delagoense, Bryophyllum verticillatum
Família:
Crassulaceae
Origem
A mãe de milhares é nativa da ilha de Madagascar, na África.
Descrição da Kalanchoe delagoensis
Planta perene, herbácea e suculenta da família das Crassuláceas que se reproduz de forma assexuada, produzindo pequenas plântulas nas pontas de suas folhas. Seu caule, ereto, pode chegar a mais de 1 m de altura, e possui folhas de formato quase cilíndrico, com até 15 cm de comprimento e cerca de 0,6 cm de largura, comumente com pintas de cor marrom-avermelhada.
Suas flores tem cor laranja, às vezes escarlates, com formato tubular (de trompete), com até 3 cm de comprimento, agrupadas no topo do caule.
A Kalanchoe delagoensis é toxica?
Sim, a planta é tóxica: possui uma classe de substâncias denominadas cardioglicosídeos bufadienolidas, que podem causar arritmias cardíacas fatais, principalmente em animais que pastam – mas também em animais domésticos, como cães e gatos.
Como cultivar a Kalanchoe delagoensis
Seu cultivo é extremamente fácil. Na prática, é necessário tomar cuidado para que esta planta não se torne uma praga e tome conta de seu jardim, pois ela se multiplica prolificamente – aí seus nomes populares, “mãe de milhares”, ou “mãe de milhões”.
Adubação:
Na prática, não é necessário adubá-las, mas se preferir, pode usar um adubo específico para cactos e suculentas, esporadicamente.
Regas:
Não necessitam de muita água; regue apena quando o composto estiver seco. No inverno, basta regá-la a cada duas ou três semanas, e é suficiente.
Luz:
Tolera ambientes com pouca sombra ou sol direto, mas se desenvolvem melhor onde haja abundância de luz, com sol parcial. Quando exposta ao sol direto a planta adquire uma cor cinza-púrpura com pontos mais escuros. Bastante luz é essencial para sua floração.
Solo:
Crescem em qualquer lugar, e sobrevivem à condições mais do que inadequadas. Ainda assim, preferem solo arenoso com boa drenagem, e uma mistura de composto para cactos com perlita para aumentar a drenagem é ideal, na proporção 2:1. Também é possível fazer uma mistura de composto com areia grossa, na mesma proporção (2:1)
Temperatura:
A planta prefere temperaturas mais elevadas, sendo bem adaptada para praticamente todas as regiões do Brasil. A temperatura mínima suportada é de -1,1 °C e 4,4 °C (Zona de Rusticidade 10 – Hardiness Zone)
Propagação:
A propagação se dá por meio das plântulas que se desenvolvem nas pontas das folhas da planta (propagação vegetativa). Basta colocá-las sobre o solo, e elas prontamente se enraízam e começam a se desenvolver.
Recomenda-se remover pequenas plantas que cresçam no chão ou em vasos próximos, pois esta planta tem a capacidade de se desenvolver em qualquer local, mesmo que não haja solo para seu enraizamento. Cuidado, pois ela pode tomar conta de seu jardim inteiro!
Curiosidades
No ano de 1997, 125 cabeças de gado morreram após se alimentarem desta planta próximo da cidade de Moree, ao norte do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália.
Galeria de Fotos
Referências
- Bell, S. A. El Libro de Cultivar Cactos y otras Suculentas en Interiores y en Invernaderos. 1ª ed. 2001, Editora DRAC
- Ríha, J.; Subík, R. The Illustrated Encyclopedia of Cacti & other Succulents. 1ª ed. 1981. Octopus Books.
- Sajeva, M.; Costanzo, M. Succulents – The Illustrated Dictionary. 1ª ed. 2001. Timber Press.
- Baldwin, D. L. Succulents Simplified – Growing, Designing, and Crafting with 100 Easy-Care Varieties. Timber Press.
- NC State University – North Carolina Extension Gardener Toolbox.
Pingback: Plantas Tóxicas para Gatos (e Não-Tóxicas) - Diário do Naturalista